O jejum intermitente 16:8, que envolve um jejum por 16 horas e comer dentro de uma janela de 8 horas, é uma prática cada vez mais popular devido aos seus numerosos benefícios à saúde. É a versão mais utilizada para  combinar com treinos matinais, porque pode potencializar ainda mais esses benefícios. Vamos explorar os efeitos desta combinação, os estudos que a suportam, dicas para otimizar os resultados e quem pode beneficiar mais.

Benefícios do Jejum Intermitente 16:8

1. Perda de Peso e Gordura

Redução de Calorias: Limitar a janela de alimentação geralmente leva a uma ingestão calórica reduzida, assim como redução dos açúcares. 

Sinalização da Lipólise: Durante o jejum, o corpo quebra gordura para obter energia, promovendo a perda de gordura através do estado metabólico de cetose.

2.Melhoria da Sensibilidade à Insulina

Controle da Glicose: O jejum intermitente melhora a sensibilidade à insulina, ajudando no controle dos níveis de açúcar no sangue.

Redução do Risco de Diabetes: Com a sensibilidade à insulina aumentada, o risco de desenvolver diabetes tipo 2 diminui.

3. Saúde Metabólica

Aumento da Autofagia: Durante o jejum, o corpo entra em autofagia, removendo proteínas  danificadas e outros detritos celulares.

Melhoria dos Marcadores Metabólicos: Redução do colesterol, trigliceridos e equilíbrio da tensão arterial.

4. Saúde Mental e Foco

Clareza Mental: Muitos relatam aumento da clareza mental e foco durante o jejum.

Redução do Stress Oxidativo: O jejum pode reduzir o stress oxidativo e a inflamação, protegendo o cérebro contra doenças neurodegenerativas.

Estudos que Apoiam a Prática de Jejum e Treinos Matinais

  1. Estudo de Tinsley e La Bounty (2015)Objetivo: Avaliar os efeitos do jejum intermitente na composição corporal e na saúde metabólica. Resultado: Redução significativa na gordura corporal e melhoria na sensibilidade à insulina.

  2. Estudo de Moro et al. (2016)Objetivo: Examinar o impacto do jejum intermitente na saúde metabólica e na composição corporal. Resultado: Redução na massa de gordura, manutenção da massa muscular e melhoria nos marcadores de saúde metabólica.

Dicas para Maximizar os Resultados

  • Hidratação Adequada Durante o Jejum: Beba muita água, chás, cetonas exógenas e café sem açúcar.
  • Planeamento das Refeições: Refeições Nutritivas com alimentos ricos em nutrientes, incluindo proteínas, gorduras saudáveis e vegetais.
  • Distribuição das Calorias: Consuma calorias suficientes dentro da janela de alimentação.
  • Treino em Jejum com Adaptação Gradual: Comece com treinos leves e aumente a intensidade gradualmente.
  • Cetonas exógenas, Creatina, Minerais, ou outros Suplementos: Considere usar suplementação para minimizar a quebra muscular e manter níveis de energia constantes. 
  • Pós-Treino: com Refeição de Recuperação ou Batido de Proteínas KETO como o KETO//PRO Refeição rica em proteínas e Hidratos saudáveis após o treino. 

Exercício Durante o Jejum: É Seguro?

Embora seja seguro e tenha benefícios, como uma maior queima de gordura e aumento da oxidação de gordura, é importante prestar atenção ao seu corpo. Exercitar-se em jejum pode levar a uma diminuição no desempenho se houver falta de energia, se não estiver adaptado à cetose e o treino for muito intenso.  Além disso, a desidratação e o desequilíbrio eletrolítico são riscos potenciais. Por este motivo, recomendo sempre a utilização de cetonas exógenas e eletrólitos com o seu treino em jejum. 

Benefícios do Exercício em Jejum

  • Queima de Mais Gordura: O exercício em jejum pode aumentar a queima de gordura.
  • Continuidade do Jejum: Mantém o jejum sem necessidade de parar de treinar.

Contras do Exercício em Jejum

  • Desempenho Reduzido caso não esteja ainda bem adaptado ao estado metabólico de cetose.
  • Desidratação: A cetose é um estado diurético natural, e portanto, deve beber mais água e bons minerais.

Importância dos Eletrólitos Durante o Jejum

Os eletrólitos, como sodio, potássio, magnésio e cálcio, são essenciais para a função muscular, regulação da temperatura corporal e função nervosa. Durante o jejum, especialmente quando combinado com exercício, é crucial manter o equilíbrio eletrolítico para evitar sintomas como tonturas, cãibras musculares e desidratação.

Sintomas de Desequilíbrio Eletrolítico

  • Coração acelerado
  • Dores de cabeça
  • Tonturas
  • Tremores
  • Cãibras musculares
  • Obstipação 

Protocolo para Fazer Exercício em Jejum

  1. Hidrate-se Bem: Consuma muita água.
  2. Eletrólitos: Beba bebidas com eletrólitos como o MITO//PLEX
  3. Tempo de Treino: Se possível, treine perto do final do jejum para reabastecer logo após.
  4. Escolha da Atividade: Para jejuns de 24 horas, opte por atividades mais leves como caminhada ou ioga.
  5. Refeição Pós-Treino: Inclua proteínas para ajudar na recuperação muscular.
  6. Beba uma saqueta de cetonas, 30 minutos antes do treino. Em treinos de alta intensidade deve beber também durante o exercício.

Quem Pode Beneficiar:

  1. Pessoas com foco na Rotina Matinal: Ideal para quem gosta de treinar de manhã.
  2. Objetivos de Perda de Peso: Eficaz para quem procura perder peso e gordura corporal.
  3. Melhora da Saúde Metabólica: Benefícios para quem tem resistência à insulina ou risco de diabetes tipo 2.
  4. Melhoria da Flexibilidade Metabólica e Performance Mitocondrial, por exemplo para os atletas gerirem melhor a energia. 

Conclusão

O jejum intermitente 16:8 combinado com treinos matinais oferece inúmeros benefícios, desde perda de peso até melhora da saúde metabólica e mental. Com base em estudos científicos, essa prática pode ser segura e eficaz quando feita corretamente, respeitando as necessidades do corpo em termos de hidratação e eletrólitos.

Boa sorte e bons treinos! 💪✨

Referências

  1. Tinsley, G. M., & La Bounty, P. M. (2015). Effects of intermittent fasting on body composition and clinical health markers in humans. Nutrition Reviews, 73(10), 661-674.
  2. Moro, T., et al. (2016). Effects of eight weeks of time-restricted feeding (16/8) on basal metabolism, maximal strength, body composition, inflammation, and cardiovascular risk factors in resistance-trained males. Journal of Translational Medicine, 14(1), 290.
  3. Horne, B. D., Muhlestein, J. B., & Anderson, J. L. (2015). Health effects of intermittent fasting: hormesis or harm? A systematic review. The American Journal of Clinical Nutrition, 102(2), 464-470.

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